Registro fotográfico de 1949, da Usina de Força e Luz que atendia a pequena cidade de Macapá.
Em meados de 1944, quando a Usina de Luz e Força (UFL) de Macapá passou a gerar energia elétrica para a capital amapaense, o então Governador do Amapá Capitão Janary Nunes, efetuou um planejamento para que os motores “Caterpillar” – instalados na UFL da cidade – atendessem por pelo menos os primeiros quatro (04) anos de autonomia territorial, com sua produção energética de 18hs diárias.
Entretanto, com as constantes chegadas de famílias à capital amapaense que, em consequência, surgiria a abertura de novas vias (ruas e avenidas), obrigou o poder público local a ampliar a rede de iluminação urbana e domiciliar em virtude dessa expansão populacional, de modo que, antes do final do ano de 1946, os referido motores da UFL tiveram de superar a sua capacidade nominal de produção.
Com isso, começaram a ser constatados os desgastes de peças mecânicas, difíceis de serem adquiridas de imediato no país, obrigando assim (por questão de ordem técnica), que a Superintendência de Serviços Industriais do Governo do Amapá determinasse pela redução no fornecimento de energia elétrica para a cidade de Macapá, bem antes de alcançarem o prazo estipulado, que seria por volta de 1948.
Vendo que a produção diária seria de apenas 12 horas, o governo amapaense (através da Divisão de Obras) buscou tomar imediatas providências para se fazer comprometido com a situação constantemente formada, tanto pelo crescimento populacional, como pela elevada demanda de consumo elétrico, havendo mantido em julho de 1948, diversos contatos com empresas nacionais e internacionais, que quisessem oferecer a comercialização de motores e geradores elétricos de grande capacidade.
Formalizou a aquisição de dois novos motores para a UFL de Macapá, que desembarcariam na cidade no final daquele ano (de 1948).
Nota em jornal informando das mudanças na UFL |
Porém, a Divisão de Obras do Governo do Amapá (que tinha como chefe o Engenheiro Hermógenes de Lima Filho) recebera a orientação da empresa vendedora dos motores de que os novos equipamentos seguiam um padrão de geração excepcional para as usinas elétricas da época, sendo preciso adaptar corretamente as instalações que seriam atendidas por sua geração.
Em face da orientação tomada, a Divisão de Obras do Governo do Amapá avisou publicamente a população macapaense das alterações que ocorreria na geração e distribuição elétrica urbana, solicitando assim que houvesse a substituição domiciliar de suas instalações elétricas, evitando possíveis danos materiais em seus equipamentos.
Até o final da década de 1940, a Divisão de Obras do Governo do Amapá já havia concretizado a substituição elétrica de mais de 90% das instalações domiciliares, e feito um considerável atendimento de quase 440 ligações novas.
No ano de 1949, a UFL de Macapá – que agora estava com seus novos motores – havia mantido um consumo elétrico de 244,67kw, distribuídos nos 360 postes de iluminação espalhados na cidade.