Canal da Rua Mendonça Júnior, em Macapá, em meados da década de 1950, ainda não havia o posteamento adequado de energia elétrica. |
28 de janeiro de 1955 – Chega a Macapá, o Sr. Robert Soliva, representante do “Banque de L’ Indochine” no Brasil. O bancário francês veio a convite do governador amapaense Capitão Janary Nunes para analisar as possibilidades do financiamento para aquisição de equipamentos necessários ao funcionamento da futura Hidroelétrica do Paredão, na qual atinge um orçamento de US$ 6 milhões de dólares. O financista conheceu o local onde está ocorrendo os estudos técnicos para construção dessa hidroelétrica.
1º de fevereiro de 1955 – O Governador do Amapá Capitão Janary Nunes envia ao Ministro da Fazenda e Negócios Interiores, Dr. Seabra Fagundes, o Ofício n. 048/55-RR, onde propõe a criação de uma sociedade de economia mista denominada Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA). Em resposta ao Ofício, o ministro mostra-se favorável à sua criação.
14 de fevereiro de 1955 – Rio de Janeiro (RJ). Governador do Amapá Capitão Janary Nunes envia a mensagem nº 081 ao Congresso Nacional, onde solicita a criação de uma Companhia de Eletricidade no Amapá.
18 de fevereiro de 1955 – Em reunião no Palácio do Governo amapaense, o governador Capitão Janary Nunes destacou a importância do imediato funcionamento da Hidroelétrica do Paredão e abordou sobre as dificuldades encontradas para a criação da Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA), onde seus comenta de seus aspectos técnicos, jurídicos e econômicos, itens esses que foram aprovados pelo Conselho Nacional de Águas e Energia Elétrica (CNAEE), mas garantiu como positivo a sua real constituição.
02 de março de 1955 – Rio de Janeiro (RJ). Apresentado na Câmara Federal, para conhecimento do Presidente da República, Café Filho, a autorização para constituição de Companhia Elétrica no Território Federal do Amapá.
16 de março de 1955 – Depois de permanecer alguns dias no Território Federal do Amapá, com objetivo de analisar as possibilidades do desenvolvimento energético local, o chefe do setor de energia do Banco do Desenvolvimento Econômico (BDE), Dr. Fábio Valverde Bastos, retorna ao Rio de Janeiro (RJ), levando um relatório técnico que apresenta as condições ambientais de alguns pontos da cachoeira do rio Araguari, local onde será construída a Usina Hidroelétrica da cachoeira do Paredão.
22 de março de 1955 – Rio de Janeiro (RJ). Na Câmara Federal, o deputado federal Milton Campos, presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) desta Casa de Leis, entrega ao deputado Newton Belo (PSD-MA), o projeto n. 034/55 do Poder Executivo que autoriza o Governo do Território Federal do Amapá a organizar a Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA).
O deputado Coaracy Nunes (representante do Amapá no Congresso Nacional) esteve com a referida Comissão, solicitando preferência para discussão e votação do referido projeto, a fim de ativar os trabalhos que serão realizados na cachoeira do Paredão, para construção da hidroelétrica do rio Araguari.
24 de março de 1955 – Convidado pelo Capitão Janary Nunes (governador do Território do Amapá), chega a Macapá, o Dr. Engelbert Riedel, técnico da firma Servix Engenharia, para acertar as providências finais de instalação do canteiro de obras dessa empresa no rio Araguari, para logo iniciar a construção da Hidroelétrica do Paredão.
26 de março de 1955 – Em visita ao local onde iniciará as obras de construção da futura Hidroelétrica do Paredão, no rio Araguari, o governador do Território do Amapá, Capitão Janary Nunes acompanha a realização dos seguintes serviços a serem feitos pela firma Servix Engenharia naquela região: desmatamento da área da vila residencial, construção de barracões para operários e capatazes, casa para técnicos solteiros; prédios para funcionar o Posto Médico, Administração, Armazéns e duas (02) casas para engenheiros.
20 de abril de 1955 – Rio de Janeiro (RJ). A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) aprova na Câmara Federal o parecer do deputado carioca Newton Belo quanto à criação de uma Companhia de Eletricidade no Amapá.
29 de abril de 1955 – Rio de Janeiro (RJ). Após ser recebido no Ministério da Justiça e pelo presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico (BNDE), o governador do Amapá, capitão Janary Nunes encontra-se com o Engenheiro Fábio Valverde, onde examinam o relatório produzido pelo referido engenheiro, na qual trata da demanda de energia elétrica da futura Usina Hidroelétrica do Paredão, e acertam os procedimentos finais para o pedido do empréstimo ao BNDE.
07 de julho de 1955 – Chega a Macapá, o Engenheiro Paulo de Azevedo Athayde, do Ministério da Justiça, com objetivo de coletar informações para a elaboração dos projetos de arborização e ajardinamento da vila residencial do Paredão, onde ali estão sendo realizados os trabalhos de construção da futura Usina do Paredão.
10 de agosto de 1955 – Rio de Janeiro (RJ). Após ser apresentado em 1ª discussão, no Congresso Nacional, pelo Deputado Federal Dr. Coaracy Nunes, é aprovado o projeto nº 034-A, que autoriza o Governo do Território Federal do Amapá a organizar a Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA). O projeto teve parecer favorável de 03 Comissões: Comissão de Constituição e Justica (CCJ), Comissão de Economia (CE) e Comissão de Finanças (CF).
13 de agosto de 1955 – Rio de Janeiro (RJ). Aprovado pela Câmara de Deputados, o projeto de criação da Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA). No dia seguinte, parte da imprensa carioca divulga a sua criação.
03 de setembro de 1955 – Rio de Janeiro (RJ). O político Amílcar Pereira apresenta ao deputado federal Dr. Coaracy Nunes um novo projeto de constituição da Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA), agora totalmente reformulado.
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